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Em Itapajé, mais uma vez, a verdade dos fatos falou mais alto que o discurso de conveniência.

Há mais de dois meses, os ônibus do transporte público municipal estavam parados, acumulando poeira e ferrugem em uma garagem clandestina, longe dos olhos da população — e, aparentemente, da própria gestão municipal. Coube aos vereadores Rafael Gaudêncio e Raiane Costa o papel que muitos preferem evitar: de fiscalizar, expor e cobrar.

A ação dos parlamentares, transmitida em live que ganhou grande repercussão, revelou o que a população já desconfiava — o descaso com a frota municipal. O episódio provocou reações imediatas.

Entre elas, a tentativa de tal Pelé, integrante da atual gestão, de desqualificar a fiscalização com argumentos que apelam à memória seletiva.

Ele preferiu lembrar gestões passadas em vez de encarar a precariedade presente.

Mas o que os fatos mostram é outra coisa. Após a denúncia pública e a pressão popular, a Prefeitura iniciou finalmente a manutenção dos veículos, comprovando que a fiscalização deu resultado.

O movimento dos vereadores, longe de ser “ousadia disfarçada”, foi uma demonstração clara de como a função fiscalizadora do Legislativo é essencial para o bom funcionamento da democracia municipal.

É curioso como, em Itapajé, a reação natural diante da cobrança é tentar inverter papéis — transformar quem fiscaliza em acusado, e quem deveria responder em vítima.

Esse é um padrão antigo, mas cada vez menos eficaz diante da transparência das redes sociais e do acesso à informação. A população viu, em tempo real, onde estavam os ônibus e em que condições se encontravam. Não há discurso que apague essa imagem.

Os vereadores cumpriram o dever que o povo lhes confiou. A gestão, por outro lado, só se moveu depois de ser pressionada.

Isso revela muito sobre a diferença entre agir por iniciativa e agir por exposição. É lamentável que, em pleno 2025, a fiscalização ainda precise ser tratada como afronta política, e não como instrumento legítimo de defesa do interesse público.

A fala de Pelé, ao atacar os fiscais e tentar justificar o abandono com o passado, soa mais como confissão de desconforto do que como argumento.

Se há algo que incomoda o poder, é a luz da verdade sendo lançada sobre suas sombras.

Ao fim, o saldo é positivo: a fiscalização funcionou.

A frota começou a receber manutenção, e o debate sobre transparência ganhou força. Itapajé precisa de mais atitudes assim — firmes, responsáveis e comprometidas com o presente, não com desculpas herdadas.

Porque, afinal, quem anda de ônibus não vive de lembranças, vive de necessidade.

Tenho pena do falso Pelé, vivi de migalhas, e muda de cor a cada gestão.

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